Conheça mais sobre elas:
As lentes de contato são utilizadas para a correção de diversos problemas refracionais, mais conhecidos por miopia, hipermetropia, astigmatismo e presbiopia. Além dos benefícios estéticos, oferecem maior conforto e menos sensação de dependência, podendo ser uma opção interessante para quem não pode ser operado (seja pela idade ou pelas características da córnea). Em alguns casos específicos, o uso de lentes de contato apresenta resultados mais eficientes do que o uso de óculos, como acontece no caso de ceratocone e nos altos míopes e astigmatas.

No mercado existem inúmeras opções como: lentes de contato gelatinosas com esquema de descarte diário, quinzenal, mensal ou anual, lentes tóricas, multifocais (para as pessoas com dificuldade para perto), filtrantes, terapêuticas, coloridas. Além disso, as lentes de contato podem ser siliconadas, fluorcarbonadas, híbridas, flexíveis ou rígidas, tendo cada uma a sua indicação e, por esse motivo, a escolha deve ser orientada e a adaptação realizada por um oftalmologista.
Através de uma minuciosa avaliação do estilo de vida e das características do olho do paciente é possível descobrir a lente de contato mais indicada para cada problema.
Também é fundamental um teste de adaptação, realizado em consultório, que consiste em:
- Medição da curvatura da córnea (ceratometria) pela topografia;
- Refração inicial para determinação do grau das lentes;
- Colocação de lentes de contato de teste baseadas na refração inicial, por 10 a 20 minutos;
- Nova refração, com as lentes de contato de teste, quando necessário;
- Avaliação da adaptação das lentes de contato de teste com o aparelho chamado “lâmpada de fenda”;
- Modificações na adaptação com base em observações na lâmpada de fenda.
Outras medidas importantes são as orientações para a colocação, manuseio, remoção, cuidados, período de uso e consultas de revisão. Assim, além de usufruir de uma excelente qualidade visual, o paciente também evita riscos de contaminação através de bactérias, fungos e outros tipos de problemas em virtude de uma adaptação ou cuidados inadequados.
E NO CERATOCONE, QUAL A LENTE IDEAL?
No cenário do ceratocone, a lente que mais utilizamos é a rígida gás permeável, que com suas melhorias ao longo dos anos passou a permitir que o paciente tenha uma visão excelente aliado a um certo conforto que antes não era possível devido ao arsenal limitado.
Costumo explicar aos meus pacientes que dificilmente vai existir na terapêutica para ceratocone uma opção capaz de dar uma visão tão boa quando a da lente de contato e, por isso, ele deve abraçar essa oportunidade do uso da adaptação com todo carinho e empenho.
Uma lente muito procurada no consultório atualmente é a lente escleral, muito conhecida pelo conforto que proporciona ao paciente quando comparada às lentes corneanas, que por serem menores podem ser sentidas com mais facilidade, tornando o processo de adaptação um pouco mais chato, mas totalmente possível de ser superado.

A lente escleral, por ser maior, se apoia na parte branca do olho, a chamada esclera (por isso seu nome). O menor movimento, e o apoio em uma região menos sensível em relação a córnea, costuma permitir adaptação mesmo em casos avançados ou pacientes intolerantes.
E QUAL O SEDREDO PARA O SUCESSO NA ADAPTAÇÃO?
O importante para o sucesso na adaptação é justamente a motivação do paciente e a escolha correta da lente para o seu olho. Costumo dizer que jamais um pé de tamanho 35 irá ficam bem e confortável num calçado número 33, e exatamente a mesma comparação serve para as lentes de contato rígida, que devem seguir um padrão de adaptação para serem saudáveis e toleráveis pelos pacientes.
